Paciente costuma ler todos os dias durante a internação |
A leitura estimula a fantasia, enriquece o conhecimento, criatividade
a atenção, concentração e a memória.
Segundo o psicólogo, Guilherme Simonsem, esta atividade é muito
importante. “Se um paciente incorpora a leitura a sua rotina de vida, ele tende
a ter uma diminuição da ansiedade e da prática de outras atividades menos
saudáveis”, afirma.
Já de acordo com a assistente social, Izabel Santelo, uma das
principais colaborações é a inclusão social dos pacientes a partir da
informação.
Durante a permanência no Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes, o paciente, Fernando (identididade reservada), já leu cinco livros, quando acha algo interessante ele costuma fazer resumos. “Atualmente estou lendo O analista de Bagé – livro de Luis Fernando Veríssimo - em outra internação eu li outros livros e até mesmo tenho uma pequena coleção em casa”, diz.
O hospital mantém uma biblioteca para pacientes e um ponto de
incentivo a leitura, entre eles funciona na sala de espera da instituição um
espaço para a troca de livros. As famílias podem trazer e levar livros durante
as visitas.
Embora o termo biblioterapia – terapia por meio dos livros - ainda
não seja efetivamente o trabalho que o hospital desenvolve, visto que existe um
profissional específico para esta atividade e uma individualização nas
indicações de livros, existe uma seleção geral de obras mais indicadas, dando
prioridade a poesia, literatura e filosofia.
“Os livros selecionados não
podem fazer apologia ás drogas ou agressividades desnecessárias”, afirma a
terapeuta ocupacional, Valéria Cristina.
Por: Cleber Benvindo
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