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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Hoje é Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio

Caroline Wisch


       Hoje é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Por isso, o Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes de Presidente Prudente realizou, às 8h, uma caminhada por toda sua sede. Cerca de 60 pacientes e funcionários participaram da ação, carregando bexigas amarelas que lembram o Setembro Amarelo, campanha do Centro de Valorização a Vida (CVV).

Pacientes e funcionários participaram da caminhada 


       Para conscientizar sobre o que faz uma pessoa cometer suicídio foi realizada uma palestra com a médica Gabriela Gouveia Queiroz, 28 anos, residente em Psiquiatra no HR (Hospital Regional) e também no Bezerra. Durante quarenta minutos, ela sanou dúvidas dos participantes e foi atenciosa.
Para introduzir o assunto, a médica apresentou uma música de Chico Buarque, “O que será”, que mostra que sempre existem dúvidas sobre tudo em nossas vidas. Os dados sobre o número de pessoas que cometem suicídio são alarmantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo.

        O Brasil ocupa a 8ª colocação no ranking de países com maior número de suicídio, e o que mais chama a atenção é que a maioria das vítimas são homens. É crescente o número de jovens e idosos que pensam em cometer o ato. O término de um relacionamento, a sensação de incapacidade e problemas financeiros são os vilões mais marcantes.

        Para quem estava na palestra, os números certamente chamaram a atenção. Cerca de 20% das pessoas já pensaram em se matar, 3% já tentaram. Em 2020, estima-se que esse número aumente 50%. “Engana-se quem pensa que esse distúrbio é frescura, ou, então, quem diz que vai se matar, não fala”, explicou Gabriela. 

        Esse distúrbio psiquiátrico está na humanidade desde os primórdios, e pode ser uma doença genética. Pesquisas informam que pessoas que têm casos na família tem uma maior probabilidade de seguir o exemplo do parente.

        O que pouco se sabe é que o suicídio é uma questão de saúde pública, onde todo o profissional de saúde deve estar adepto a atender um paciente que apresente os sintomas. Os fatores de riscos mais comuns são: abuso de substâncias, problemas familiares, emocionais, rejeição familiar, negligência, além de abusos físicos na infância.


        O correto seria quebrar o tabu de que uma pessoa pensa em se suicidar por apenas um motivo ou causa, ou que quem tem essa decisão age individualmente. “Grande parte das pessoas que têm o suicídio como solução para os problemas chega a essa conclusão por falta de diálogo. Eles têm medo ou vergonha de procurar alguém que possa ajudar”, garantiu a residente.

Alguns funcionários foram trabalhar de amarelo

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